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Literatura Infantil

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Adriana Yazbek
Com o incentivo de pessoas muito queridas, resolvi criar este blog. Um espaço para divulgar as minhas histórias. Histórias escritas para crianças, mas que toque a alma dos adultos... Espero que você, criança, mamãe, papai, titio, vovó, ou mesmo quem não tem nenhuma relação com os pequenos, se sinta mergulhado no universo infantil e sinta o frescor, a delícia de ser criança!
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Literatura Infantil

Histórias para crianças de todas as idades...

Uma cartinha que latiu

28 de outubro de 2010

Maria Beatriz não gosta de cachorros.
Linda, meiga e detesta cachorros.
Carinhosa, inteligente e muito medo de cachorros.
Oito anos, cabelos compridos e verdadeiro pavor de cachorros.
Por que eu sou assim? Pensa a menina sempre com uma pulga atrás da orelha. Todos gostam, menos eu!
Ela mora em uma cidade do interior, aquelas cidades com uma praça, uma Igreja e uma agência de Correios. E muitos cachorros.
Certo dia, um cão labrador, cor de chocolate, chamado Cacau, passeava pela praça, quando viu a menina correndo para não encontrá-lo.
Por que ela fugiu de mim? Pensou. Todas as crianças gostam de cachorros!
Foi, então, conversar com seus amigos para entender o que acontecia com aquela linda menina de cabelos tão compridos.
E juntos, bolaram um plano. Um plano para ajudar a Maria Beatriz.
Foram várias reuniões. Era au au au pra cá, au au au pra lá. Uma latição só.
Perceberam que nenhum plano mirabolante poderia ajudá-la.

E escreveram uma cartinha.

Querida menina bonita de cabelo comprido,
Nós cães, adoramos correr, brincar e pular. Gostamos também de defender as pessoas.
Adoramos viajar, conhecer lugares novos, correr em campos verdinhos, caminhar na beirada das ondas numa linda praia. E tomar chuva, que delícia!
Aprender coisas novas é muito legal, alguns de nós conseguem fazer acrobacias, cantar e até participar de novelas!
Detestamos ficar doentes, injeção dói muito, vacina é uma chateação.
Quando pequenos não gostamos de tomar banho, mas logo aprendemos que ficar limpinho e cheiroso é gostoso.
Passear de carro é divertido, ainda mais, quando vamos no porta-malas, que folia!
E gostamos muito, mas muito mesmo é de receber carinho. Quem não gosta de um carinho?
Assinado: cãezinhos

Maria Beatriz recebeu a carta muito surpresa. Ela nunca recebia cartas.
Leu com muita atenção. E pensou, pensou, pensou.
À noite, chamou o seu pai e sua mãe e disse:

- Vocês sabiam que os cães gostam de correr, brincar e pular? Eu também.
- Sabiam que eles adoram andar na beirada das ondas e tomar chuva? Eu também.
- Sabiam que alguns cantam? Como eu.
- Sabiam que eles detestam injeção e vacinação? Como eu.
- Sabiam que quando pequenos eles não gostavam de tomar banho? Lembro que eu chorava para não ir para o banho com uns três aninhos.
- Sabiam também que eles gostam de andar no porta-malas do carro? Lembro de uma vez que me diverti muito no porta-malas.
O pai e a mãe dela não disseram uma só palavra. Estavam emocionados.
Maria Beatriz deitou e sua mãe ficou fazendo carinho em seus cabelos até ela adormecer. Assim como os cães ela também adorava um carinho.
Depois desse dia, a menina aprendeu que podia conviver com cachorros, que não precisava fugir deles.
Ela não ficou a melhor amiga deles, mas aprendeu a respeitar e aceitar os cãezinhos. Um dia conseguiu até fazer carinho em um cachorro de pêlo tão branquinho que parecia um coelho.
E isso já estava bom demais. Afinal a mãe dela não gostava de baratas, e Maria Beatriz nunca tinha visto a mãe fazer carinho em uma.

Ilustração: Beatriz Maria Alexandr

Essa história foi carinhosamente inspirada em uma amiga muito especial, a Bia, uma fofa, queridíssima.
Adoramos ela e toda a sua família! Vocês são o máximo!
Tenho certeza que ainda serão personagens de várias historinhas da tia Dri...

Postado por Adriana Yazbek às 21:27 3 comentários    

Marcadores: medo, medo de cachorro, vencer limites

Um lobo de sapatinho de cristal

24 de outubro de 2010

Gordo, narigudo, olhos enormes e orelhas pontudas.
Era uma vez um lobo mau, muito mau.

Morto de fome, ele caminhava pela floresta procurando algo para encher a sua pança.
Procurou gambás, esquilos e ratinhos.
Procurou até os 3 Porquinhos e a Chapeuzinho Vermelho.
Nada encontrou. 
Sua barriga roncava tão alto que seus próprios pelos estavam arrepiados de tão assustados.
Embaixo de uma mangueira, D. Celina, contava histórias para a sua neta, quando escutou um ronco assustador, que mais parecia o estrondo de um trovão.
- Você está escutando, Lili? Acho que vai chover. Melhor voltarmos para casa.
- Não, vó! Termina a história!
- Não dá tempo, querida. Corre! Rápido! Vamos!
E elas correram, correram muito.
Quando Lili olhou para trás, viu o lobo esparramado no chão.
Ele tinha tropeçado no livro de histórias que sua avó tinha deixado cair.
Quando o lobo percebeu que não conseguiria mais alcançá-las, resolveu engolir aquele livro mesmo. Estava faminto.
E foi o que fez. Deglutiu com uma bocada só um livro com 34 contos de fadas.
Depois da comilança, tirou um cochilo. Deitou com aquele barrigão peludo para cima, que agora, de tão satisfeito, não roncava mais.
Quando acordou, se sentiu um pouco diferente. Mas não sabia o que era.
Caminhou, e sem perceber, começou a cantarolar no meio das árvores. Cantava e dançava com passarinhos e coelhos, quando disse:
- Vocês sabem onde fica a casa dos anões? Preciso encontrar um local para dormir, pois o caçador está atrás de mim. Disse com uma voz bem fininha.
Quando percebeu o que tinha feito, saiu correndo.
- Meu Deus, o que aconteceu? Será que virei aquela princesa chatinha da Branca de Neve. “Pele branca como a neve, lábios vermelhos como a rosa”. Uma maçã envenenada eu não vou comer! Não! Não é possível!
- Eu sou um lobo mau, muito mau!
Quando se olhou no espelho, ficou mais calmo, viu que sua aparência estava a mesma. Medonha.
Continuou caminhando, quando viu um pé de feijão.
- Nossa, o meu pé de feijão cresceu até o céu, vou escalar para encontrar aquele gigante e sua galinha de ovos de ouro.
Caiu em si mais uma vez.
- O que estou fazendo? Estou fazendo o papel daquele menino sonso que trocou uma vaca por grãos de feijão? Não! Ainda que eu fosse o gigante... Pelo menos ele é mau, como eu.
- Eu sou um lobo mau, muito mau!
Acho que estou ficando maluco. Branca de Neve, João e o pé de feijão. O que mais vai acontecer comigo?
- Cabe no meu pezinho sim! Esse sapatinho de cristal é meu!
- Mas o seu pé é enorme, seu lobo. Olhe as suas unhas, compridas e afiadas. Nem a sua unha do mindinho cabe nesse sapatinho!
- Como não? Eu sou a Cinderela! Estive ontem no baile dançando com o príncipe, a abóbora virou carruagem, os ratinhos se transformaram em cavalos brancos. Bibbidi-Bobbidi-Boo! Foi o que fez a fada madrinha!
Será que ela que fez isso comigo? Será que essa fada madrinha me enfeitiçou? Pensou o lobo. Quando mais uma vez, percebeu o papel ridículo que estava fazendo, gritou alto, muito alto:
- Eu sou um lobo mau, muito mau!
- EU SOU MAU!
Ainda no finalzinho do grito, sentiu uma forte dor de barriga e tentou lembrar a última coisa que tinha comido.
Foi quando caiu a ficha.
- Foi aquele maldito livro! Eu engoli muito rápido, mas li o título: 34 CONTOS DE FADAS!
- Estou perdido... Logo mais vou ter tranças, vou enfiar o dedo numa roca, ai, que medo, vai doer! Melhor eu cuspir logo esse livro antes que eu me afogue no oceano, uma sereia, não! É demais para mim!
- Eu sou um lobo mau, muito mau!
O lobo desesperado fez uma força danada e conseguiu.
O livro inteirinho saiu pela sua goela.
- Ufa!
Já cansado, depois de tanto esforço, o lobo sentou, colocou seus óculos de grau e resolveu ler o tal livro.
Leu. Cada uma das 34 histórias. E para a sua surpresa, gostou. Percebeu, que no final, todo mundo que é mau, acaba se dando mal.
A partir desse dia, sempre que alguém sai correndo de perto dele, ele grita, sem assustar:
- Eu sou um lobo bonzinho! Bonzinho, muito bonzinho.


Ilustração: Sofia Fortunato Herweg
  













Ilustração: Mari e Malu Yazbek


Postado por Adriana Yazbek às 21:26 9 comentários    

Marcadores: contos de fadas, lobo mau, sapatinho de cristal

Olho de jabuticaba

18 de outubro de 2010

Em uma manhã de sol, um olho azul virou para um olho preto e disse:
- Por que você é tão escuro?
- Fácil, porque eu me pareço com uma jabuticaba, aquela fruta deliciosa.
- E você, por que é tão azulzinho?
- Ué... Eu não sei.
O olho azul passou vários dias pensando, pensando e pensando. E nada descobriu. Por que ele era azul e não preto, como aquela fruta docinha, que todos gostavam? Não existia nenhuma fruta azul, pelo menos que ele conhecesse.

Resolveu, então, descobrir e foi procurar o companheiro.

- Olho preto, preciso saber por que sou azul, você pode me ajudar?

- Claro, será um imenso prazer desvendar esse enigma, caro colega.

E lá foram eles.

Leram livros.

Conversaram com várias pessoas.

Falavam de herança genética, coisa de pai para filho. Eles nada entendiam.

Falavam que eram olhos muito comuns em países que eles nunca tinham ouvido falar, Suécia, Finlândia e Dinamarca. Eles nada entendiam.

Falavam que muitos bebês nasciam com olhos azuis, mas que eles escureciam com o passar do tempo. Eles nada entendiam.

Nada de explicar o que eles realmente queriam saber.

Já sem esperanças de descobrir, saíram andando, tristonhos.

O olho de jabuticaba, a fruta deliciosa. E o olho azul.

Num piscar de olhos, o olho azul avistou uns meninos brincando na calçada.

Que alegria! Que brilho no olhar...
- Olho de jabuticaba, já sei! Descobri! E disse eufórico:
- Eu sou uma bolinha de gude!

Ilustração: Malu Yazbek




Postado por Adriana Yazbek às 19:09 8 comentários    

Marcadores: bolinha de gude, olho azul, olho de jabuticaba

festança de criança

12 de outubro de 2010



criança bacana corre na grama
criança maneira pisa na areia
criança amiga não se mete em briga
criança legal come mingau
criança educada não leva bofetada
criança bonita usa laço de fita
criança com graça não faz pirraça
criança vaidosa se veste com bossa
criança gulosa não gosta de babosa
criança contente come cachorro-quente
criança falante não tem tromba de elefante
criança dorminhoca dá sempre uma beijoca
criança chata...                                                         Ilustração: Malu Yazbek
é adulto.



Escolhi postar esta poesia para homenagear o dia das crianças, espero que gostem...
Parabéns para todas as crianças que me inspiram diariamente!

Postado por Adriana Yazbek às 20:17 4 comentários    

Marcadores: infância, poesia infantil

Um bocado de purpurina

1 de outubro de 2010

quinta-feira, 16 de setembro de 2010.

Hoje foi o melhor dia da minha vida.
Meu aniversário? Errou.
Nascimento do Claudinho? Errou de novo.
Meu primeiro dia na escola? Passou longe.
O dia que ganhei minha bicicleta pink sem rodinhas? Foi muito legal, mas não é.
Minha apresentação de balé? Tá gelado.
Não sabe?
Tá bom, vou contar:

Hoje o meu quarto acordou prateado!

Eu nunca tinha visto nada parecido...
Tá bom, o quarto da Aninha é lindo, todo rosa, mas prateado só o meu! Rosa qualquer menina pode ter...
Quando acordei, logo senti coceguinhas nos meus pés.
Olhei para o chão e vi o céu mais estrelado do mundo. Parecia purpurina ou glitter, mas não era.
Os meus pés gordinhos, tamanho 27, pareciam uma lua cheia naquele céu.
Do meu lustre saltavam estrelas cadentes e cometas.
A Bibi, minha boneca preferida, estava com um vestido todo bordado com lantejoulas e com uma coroa de brilhantes.
As paredes piscavam sem parar, como as luzinhas que a mamãe costuma colocar na árvore de Natal.


Mais quem poderia ter feito isso?
A mamãe? O papai? Meu irmão? Todos disseram que não.

Eu já estava atrasada, ainda nem tinha colocado o meu uniforme, quando imaginei...

Foi ela, só pode ter sido ela.
E eu precisava dizer, em voz bem alta, para ela escutar.


Eu te amo, minha fadinha!


E prometo que desta vez, eu paro de chupar o dedo!

 
                                        Ilustração: Malu e Mari Yazbek












Essa história foi inspirada nas fadas Estrelinha (da minha filha Malu) e Florzinha (da minha filha Mari) que sempre deixam seus quartos lotados de pó mágico.
Além disso, a Malu e sua grande amiga Rafa Maksoud, pararam de chupar o dedo quando escreviam e recebiam cartas de suas fadas. A da Rafa é a fada Rosa.
Que sirva também de inspiração para a nossa querida amiga Manoela.

Postado por Adriana Yazbek às 19:53 13 comentários    

Marcadores: história de fada, parar de chupar o dedo, purpurina, superar desafios

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