Em uma manhã de sol, um olho azul virou para um olho preto e disse:
- Por que você é tão escuro?
- Fácil, porque eu me pareço com uma jabuticaba, aquela fruta deliciosa.
- E você, por que é tão azulzinho?
- Ué... Eu não sei.
- Fácil, porque eu me pareço com uma jabuticaba, aquela fruta deliciosa.
- E você, por que é tão azulzinho?
- Ué... Eu não sei.
O olho azul passou vários dias pensando, pensando e pensando. E nada descobriu. Por que ele era azul e não preto, como aquela fruta docinha, que todos gostavam? Não existia nenhuma fruta azul, pelo menos que ele conhecesse.
Resolveu, então, descobrir e foi procurar o companheiro.
- Olho preto, preciso saber por que sou azul, você pode me ajudar?
- Claro, será um imenso prazer desvendar esse enigma, caro colega.
E lá foram eles.
Leram livros.
Conversaram com várias pessoas.
Falavam de herança genética, coisa de pai para filho. Eles nada entendiam.
Falavam que eram olhos muito comuns em países que eles nunca tinham ouvido falar, Suécia, Finlândia e Dinamarca. Eles nada entendiam.
Falavam que muitos bebês nasciam com olhos azuis, mas que eles escureciam com o passar do tempo. Eles nada entendiam.
Nada de explicar o que eles realmente queriam saber.
Já sem esperanças de descobrir, saíram andando, tristonhos.
O olho de jabuticaba, a fruta deliciosa. E o olho azul.
Num piscar de olhos, o olho azul avistou uns meninos brincando na calçada.
Que alegria! Que brilho no olhar...
Resolveu, então, descobrir e foi procurar o companheiro.
- Olho preto, preciso saber por que sou azul, você pode me ajudar?
- Claro, será um imenso prazer desvendar esse enigma, caro colega.
E lá foram eles.
Leram livros.
Conversaram com várias pessoas.
Falavam de herança genética, coisa de pai para filho. Eles nada entendiam.
Falavam que eram olhos muito comuns em países que eles nunca tinham ouvido falar, Suécia, Finlândia e Dinamarca. Eles nada entendiam.
Falavam que muitos bebês nasciam com olhos azuis, mas que eles escureciam com o passar do tempo. Eles nada entendiam.
Nada de explicar o que eles realmente queriam saber.
Já sem esperanças de descobrir, saíram andando, tristonhos.
O olho de jabuticaba, a fruta deliciosa. E o olho azul.
Num piscar de olhos, o olho azul avistou uns meninos brincando na calçada.
Que alegria! Que brilho no olhar...
- Olho de jabuticaba, já sei! Descobri! E disse eufórico:
- Eu sou uma bolinha de gude!
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Ilustração: Malu Yazbek |